Sofre com sintomas da DII? Saiba como a nutrição personalizada pode aliviar crises e agende sua consulta com nutricionista especializada.
O que é a Doença Inflamatória Intestinal?
A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é um termo que abrange duas condições crônicas: a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Ambas são caracterizadas por inflamação crônica no trato gastrointestinal, com impactos diretos na absorção de nutrientes, qualidade de vida e risco de complicações metabólicas.
A DII é considerada uma doença autoimune e ainda não tem cura definitiva, mas com o manejo adequado – incluindo o suporte nutricional – é possível alcançar longos períodos de remissão.
Principais Sintomas da DII
Os sintomas podem variar conforme o tipo de DII e a gravidade da inflamação, mas os mais comuns incluem:
- Diarreia persistente (com ou sem sangue)
- Dores abdominais e cólicas
- Perda de peso não intencional
- Cansaço excessivo (fadiga)
- Febre baixa
- Anemia
Segundo estudos recentes, muitos pacientes também apresentam comprometimento nutricional e desnutrição, o que reforça a importância do acompanhamento nutricional especializado (Khor et al., 2011).
Diferenças entre Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa
Característica | Doença de Crohn | Retocolite Ulcerativa |
Localização | Pode afetar todo o trato gastrointestinal, da boca ao ânus | Afeta apenas o cólon e o reto |
Tipo de inflamação | Inflamação em todas as camadas da parede intestinal | Inflamação superficial da mucosa |
Lesões | Lesões intercaladas (salteadas) | Lesões contínuas |
Sintomas mais comuns | Dor abdominal, diarreia, perda de peso | Diarreia com sangue, tenesmo, dor abdominal |
Fatores de Risco e Causas Envolvidas
Embora a causa exata da DII ainda não esteja completamente esclarecida, diversos fatores estão associados ao seu desenvolvimento:
- Predisposição genética
- Disbiose intestinal
- Resposta imune exacerbada
- Estilo de vida ocidental: dieta rica em ultraprocessados, pobre em fibras
- Tabagismo (especialmente em Crohn)
- Estresse crônico
Estudos indicam que o desequilíbrio na microbiota intestinal (disbiose) tem papel central na inflamação crônica do intestino (Ni et al., 2017).
A Importância da Nutrição no Tratamento da DII
O tratamento nutricional é essencial para a recuperação da mucosa intestinal, controle dos sintomas e prevenção de deficiências nutricionais. A dieta deve ser personalizada de acordo com o estágio da doença (crise ou remissão) e a tolerância individual.
Estratégias Nutricionais Baseadas em Evidência:
- Dieta com baixo FODMAP (em casos selecionados): pode ajudar na redução de gases e distensão abdominal.
- Exclusão de alimentos ultraprocessados: contribui para menor permeabilidade intestinal e inflamação.
- Suplementação direcionada: ferro, vitamina B12, vitamina D, cálcio, zinco e ômega-3 são comumente deficientes.
- Introdução gradual de fibras: quando não há estenose intestinal, as fibras solúveis podem ser benéficas.
- Probióticos e simbióticos: podem auxiliar no equilíbrio da microbiota (segundo a ESPEN Guidelines, 2020).
Alimentos Indicados e Alimentos que Devem Ser Evitados
Alimentos indicados | Alimentos que devem ser evitados |
Arroz, batata, cenoura cozida | Frituras, embutidos, industrializados |
Caldos caseiros, carnes magras | Laticínios (em casos de intolerância à lactose) |
Frutas cozidas (banana, maçã sem casca) | Refrigerantes, doces, cafeína |
Chás calmantes (camomila, erva-doce) | Álcool, alimentos com conservantes |
Quando Procurar um Nutricionista?
O acompanhamento nutricional é indicado desde o diagnóstico da DII. Um nutricionista clínico pode:
- Avaliar o estado nutricional e deficiências;
- Prescrever uma dieta anti-inflamatória individualizada;
- Ajudar na recuperação do peso e da energia;
- Orientar sobre suplementações e probióticos;
- Trabalhar junto à equipe médica para melhorar o controle da doença.
Considerações Finais
A Doença Inflamatória Intestinal exige abordagem multidisciplinar, e a nutrição desempenha um papel terapêutico e preventivo essencial. Com orientação adequada, é possível controlar os sintomas, prevenir complicações e recuperar a qualidade de vida.
Referências Científicas:
- Khor, B., Gardet, A., & Xavier, R. J. (2011). Genetics and pathogenesis of inflammatory bowel disease. Nature, 474(7351), 307–317.
- Ni, J., Wu, G. D., Albenberg, L., & Tomov, V. T. (2017). Gut microbiota and IBD: causation or correlation?. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, 14(10), 573–584.
- ESPEN Guidelines on Clinical Nutrition in Inflammatory Bowel Disease (2020). Clinical Nutrition, 39(2), 632–653.
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